A entrevista que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concedeu há pouco teve um único objetivo: jogar todo o PMDB contra o governo. Ao longo da quase uma hora em que ele respondeu perguntas dos jornalistas, ele foi incisivo ao dizer que a operação Catilinárias foi concentrada no PMDB: “Causa estranheza essa operação em cima da gente”, disse ele. Ele disse ainda que não houve operação em cima do PT. parece esquecer, entretanto, que o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, está preso dentro da mesma Lava Jato que agora investiga o PMDB.
Diante da confusão, Cunha se preparava para anular a decisão do Conselho de Ética que, por 9 a 11, determinou nessa manhã a continuidade das investigações contra ele. O recurso, que inicialmente deveria ser enviado à Comissão de Constituição e justiça, desaguou há pouco na Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara e de lá seguiu para o gabinete da Presidência da Casa.
Daqui a pouco, o PMDB editará uma nota sobre a Operação. Este 15 de dezembro, por sinal, 15 é o número do PMDB, ainda não terminou.