CPI QUER QUEBRAR SIGILO DE DIRCEU

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Dirceu na fogueira

A CPI da Petrobras se prepara para quebrar esta semana os sigilos fiscal, bancário e telefônico do ex-ministro José Dirceu. Com a prisão do empresário Milton Pascowich, acusado de intermediar as propinas, integrantes da CPI consideram que chegou a hora de “mexer com Dirceu”. O assunto já foi discutido internamente, num acordo subliminar entre os aliados do governo e a oposição. A tendência é o PT ficar sozinho e bem às vésperas do Congresso do partido, marcado para esta quinta-feira.

 
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As agruras do PT não vão parar por aí. Para completar as festas de são-joão, a CPI pretende marcar para a semana seguinte as acareações: a primeira, pretende reunir o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor da empresa Renato Duque. Depois, virão o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
 
Governo dos mil confrontos…
 
As pesquisas que chegam ao Planalto indicam que a presidente Dilma Rousseff não tem mais um só segmento dilmista de carteirinha. Há brigas com o PT, que sente o discurso histórico escorrer pelas mãos, com a classe trabalhadora em todos os níveis, considerada a mais afetada pela crise e pelo ajuste fiscal. Há insatisfações ainda entre os industriais, os banqueiros…
 
….. A bandeira da paz
 
Diante de tantas frentes de batalha, há quem diga que Dilma precisa levar um desses segmentos para o seu lado. Internamente, ela vem sendo aconselhada a refazer os laços petistas. Afinal, se tem um grupo que não tem outro caminho a não ser o sucesso do governo é o PT. Gestos virão.
 
O projeto de Lupi
 
O senador Cristovam Buarque pode se preparar. O presidente do PDT, Carlos Lupi, planeja fazer de Cid Gomes o candidato do partido à Presidência da República no futuro. E por um motivo muito simples: a ideia é trazer alguém de fora e deixar o protagonista devedor do apoio para que Lupi continue presidente do partido. Se alguém se “criar” muito no PDT, o reinado de seu presidente ficará ameaçado.
 
O projeto de Dilma
 
Aliados da ex-pedetista Dilma Rousseff acreditam que ela não pode deixar sua antiga legenda escorrer pelos dedos. É que, na votação do ajuste fiscal, se os três senadores pedetistas que votaram a favor do governo tivessem seguido por outro caminho, o governo tinha perdido. A turma governista do PDT é hoje fiel da balança.
 
Melhor prevenir/ A presidente foi aconselhada a chamar pequenos grupos de senadores para conversas políticas. É que, ali, se o governo não abrir o olho, as derrotas virão. Por enquanto, é um porto seguro, mas não se sabe até quando.
 
A campanha de cada um/ Enquanto o presidente do PT, Rui falcão (foto), anunciou para o 5º Congresso do partido uma campanha de arrecadação de recursos, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) defende uma campanha de combate à corrupção.
 
Bedel chique/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem um poder de observação de fazer a inveja a muitos. Dificilmente, algo lhe escapa. Dia desses, numa segunda-feira, cobrou dos repórteres de tevê e sites que fazem plantão diário nas proximidades de seu gabinete: “Vocês não estavam aqui quando eu saí para o almoço”, comentou. Diante da explicação de que estavam em reunião de pauta, ele retrucou: “Até 13h30? Conta outra!”
 
Por falar em Cunha…/ Os deputados se divertiam nesse feriadão imaginando a seguinte cena: o presidente da Câmara, chega ao muro das lamentações de celular em punho e liga para presidente Dilma Rousseff. “Pronto, presidente: pode se lamentar pelos erros do governo e por não ter me apoiado para presidir a Câmara.” Realmente, é muita imaginação.