Antes de encerrar seus trabalhos, a CPI da Pandemia deseja ouvir novamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Por isso, já está decidido adiar mais uma vez a entrega do relatório. A decisão de ouvir novamente Queiroga já estava tomada e foi discutida ontem à noite, na casa do presidente da CPI, Omar Aziz, logo depois que o ministro anunciou o resultado do teste positivo para covid. O ministro deve cumprir 14 dias de isolamento no hotel onde toda a comitiva brasileira ficou hospedada em Nova York, nos Estados Unidos. Ele passa e bem não apresentou sintomas graves. Sua equipe acredita que a ausência de sintomas se deve à vacinação, uma vez que o ministro está vacinado meses e já tomou duas doses. Assim que ele voltar, o depoimento será marcado.
Além de Queiroga, a CPI tem ainda muito trabalho pela frente. Os senadores querem terminar de montar o quebra-cabeça do submundo do lobby no Ministério da Saúde e as suspeitas de tráfico de influência, especialmente, na diretoria de logística. Ali, alguns ex-diretores estão sob investigação e já foram alvo de operações da Polícia Federal.
Amanhã, a Comissão ouvirá o empresário Danilo Trento, sócio da empresa Primarcial Holding Participações, que funciona no mesmo endereço de outra, que tem como sócio Francisco Maximiano, da Precisa Medicamentos, que foi alvo de busca e apreensão na semana passada. A CPI quer saber qual a relação entre Trento e Maximiano. A contar pelas peças que ainda estão faltando, seja nas denúncias envolvendo a Precisa, seja naquelas relativas à Prevent Sênior e os testes de medicamentos, serviço não falta. Como em dito o senador Randolfe Rodrigues, “enquanto houver bambu, haverá flecha”.