15 DE MARÇO

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 Antes & depois

O adiamento da votação da política de salário mínimo na semana passada deixará o governo com mais dificuldades para evitar a exclusão de aposentados e pensionistas. 

Há um sentimento geral na classe política de que, se as manifestações forem expressivas hoje, a tendência dos congressistas será fechar com os desejos da população e não com o governo. E a política do salário mínimo é apenas uma das propostas que podem virar um pesadelo, a depender deste divisor de águas, que responde pelo apelido de 15 de março.

O governo tem outras preocupações que considera mais urgentes do que a política do salário mínimo. A ordem para esta semana é investir na negociação das medidas do ajuste fiscal, de forma a não deixar para a última hora. As MPs perdem a validade 

em 2 de junho.  Ele & ela

Lula foi um dos maiores entusiastas da manifestação da última sexta-feira. Dilma era contra. E olha que, dizem alguns atores, Dilma sempre concorda com Lula. Só com uma diferença: faz só o que quer.

O peso de cada um

Quem conhece a presidente Dilma avisa que quanto mais os partidos fritarem o comandante da Casa Civil, Aloizio Mercadante, mais forte ele fica perante a chefe. O ministro é opção dela. Ela não só confia como briga por ele. Já Pepe Vargas, de Relações Institucionais, balança. Mas não cai.

Coordenação política, 

2ª temporada

A estreia da nova formatação do grupo encarregado de ajudar na área política será nesta segunda-feira. E a missão: as medidas provisórias do ajuste fiscal. Significa que não tem aquecimento, nem episódio morno. É ação logo na largada e sem direito a errar.

Vai uma assinatura aí?

Os deputados novos estão estupefatos com o que têm visto na Câmara. A última são “visitantes” que trabalham na coleta de assinaturas para projetos. Essas pessoas não são funcionárias da Casa nem terceirizadas. Elas se dispõem a ficar no corredores recolhendo assinaturas para apresentação de projetos. Nos projetos mais urgentes, o preço é de R$ 4 por rubrica. Nos menos importantes, entre R$ 2 e R$ 3. Nas proposições que precisam de 171 assinaturas, o sujeito leva, por baixo, R$ 684.PSB em litígio

Fracassou a tentativa de acordo entre o deputado Glauber Braga e o senador Romário pelo comando do diretório do Rio de Janeiro. Glauber, que hoje tem ascendência sobre o partido, tem dito que Romário terá assegurada a candidatura a prefeito do Rio, mas não dá para querer tudo.

CURTIDAS    

Dieta, eu?/ Dia desses, num restaurante que tem pratos especiais para a dieta Ravena, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (foto), pediu um prato normal. “Ué? E a dieta?”. “Que dieta? Eu já casei!”. Calma, pessoal. A dieta não tinha o intuito de encontrar um noivo e sim afinar a silhueta para se adequar ao modelo do vestido. Faz parte.

Morra de inveja/ Num voo com a presidente Dilma Rousseff não foi muito diferente. Veio aquele lanchinho básico e frugal de quem tenta fazer as pazes com a balança e a ministra rejeitou: “Me traz uma coca-cola e um pão com manteiga, por favor”. Dilma, então, pergunta: “E pode?” Kátia, com ares de vitoriosa, saiu-se com esta: “A minha dieta acabou, presidenta”.

Qualquer semelhança… É mera coincidência / O repórter Paulo de Tarso Lyra conversou com o líder da Força Sindical encarregado de auxiliar na organização do protesto de hoje. Chama Carlos Lacerda, homônimo daquele que apoiou o golpe militar de 1964.

Atos & manifestos/ A situação chegou ao ponto que os aliados da presidente não se entendem sequer para um gesto de apoio dos governadores. Os do Nordeste, em sua maioria aliados do governo, estão combinando uma manifestação conjunta de apoio à presidente Dilma Rousseff, mas alguns petistas tentam abortar a iniciativa. A avaliação é a de que quem faz esse tipo de ato mostra que está enfraquecido. Aí um deputado pergunta: “E não está?”