Segundo o estudo, os seres humanos apresentam 27 tipos de amor, incluindo amor romântico, amor sexual, amor parental e amor por amigos, estranhos, natureza, Deus ou por si mesmo
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Aalto, na Finlândia, revelou que o ser humano pode sentir 27 tipos de amor. Publicado em 5 de setembro na revista científica Philosophical Psychology, a análise também mostra um mapeamento feito pelos cientistas sobre as regiões do corpo em que os amores são sentidos, além da intensidade de cada um deles.
O estudo foi feito por meio da análise de participantes convidados a descrever suas experiências com o amor. Foram mapeados 27 tipos diferentes de amor, incluindo amor romântico, amor sexual, amor parental e amor por amigos, estranhos, natureza, Deus ou por si mesmo. Os participantes foram questionados sobre onde, em seus corpos, eles vivenciaram várias formas de amor e quão intensos eram esses sentimentos física e mentalmente.
A pesquisa afirma que um continuum de amor varia do mais fraco ao mais forte. Todas as variedades tinham uma forte sensação na cabeça, mas o resto do corpo as experimentava de maneira diferente. Alguns se espalharam apenas para o peito, enquanto outros afetaram todo o corpo. As formas mais fortes de amor eram sentidas mais amplamente por todo o corpo.
Metodologia do estudo
Os cientistas usaram uma pesquisa online para coletar informações de centenas de participantes para criar o mapa. As mulheres jovens no ensino superior constituíam a maioria dos entrevistados. Os participantes foram instruídos a colorir a silhueta do corpo para representar os diferentes tipos de amor que vivenciaram.
Eles também foram questionados sobre os diferentes efeitos corporais e mentais, seu nível de prazer e como se relacionavam com o toque. Também foi solicitado aos participantes classificarem o quão próximos os vários tipos de amor estavam relacionados.
“Foi interessante encontrar uma forte correlação entre a intensidade física e mental da emoção e o seu prazer. Quanto mais fortemente um tipo de amor é sentido no corpo, mais fortemente ele é sentido na mente e mais agradável ele é”, afirma o filósofo Pärttyli Rinne, que coordenou o estudo.
As variações do amor
Existem dois tipos de amor entre as pessoas: sexual e não sexual. As formas de amor que contêm um componente sexual ou romântico são notavelmente semelhantes.
“A equipe ficou intrigada com o fato de todos os diferentes tipos de amor serem sentidos na cabeça. Quando passamos de tipos de amor mais vividos para tipos menos experientes, as sensações na região do peito tornam-se mais fracas. Pode ser que, por exemplo, o amor por estranhos ou a sabedoria estejam associados a um processo cognitivo. Também pode ser que haja sensações agradáveis na região da cabeça. Isso é algo que deve ser investigado mais a fundo”, relata Rinne.
“Existem diferenças culturais no amor, e a demografia do grupo de estudo está ligada à experiência do amor. Se o mesmo estudo fosse feito numa comunidade altamente religiosa, o amor a Deus poderia ser o amor mais fortemente experimentado. Da mesma forma, se os sujeitos fossem pais em um relacionamento, como em nosso projeto de estudo do cérebro em andamento, o amor pelos filhos poderia ser o tipo mais forte”, conclui o filósofo.
Os 27 tipos de amor:
- Amor apaixonado;
- Amor verdadeiro;
- Amor pela vida;
- Amor romântico;
- Amor sexual;
- Amor de mãe pelo filho;
- Amor pela natureza;
- Amor recíproco;
- Amor incondicional;
- Amor companheiro;
- Amor de pai pelo filho;
- Amor universal;
- Amor paternal;
- Amor pelo próximo;
- Amor pelos amigos;
- Amor-próprio;
- Amor por animais não humanos;
- Amor pelos irmãos;
- Amor benevolente;
- Amor altruísta;
- Amor pela beleza;
- Amor pelo país;
- Amor por Deus;
- Amor da sabedoria;
- Amor moral;
- Amor prático;
- Amor por estranhos.