Por esta Cristina Kirchner não esperava. A presidenta argentina queria porque queria aumentar os impostos sobre as exportações de grãos. Na votação da Câmara, ganhou fácil. Na do Senado, a história mudou de enredo. Deu 36 a 36. Coube ao vice-presidente do país, que preside a Câmara Alta, decidir a contenda. Ele deu o voto de Minerva. Derrotou a chefe.
A expressão voto de Minerva apareceu gloriosa nas manchetes do noticiário de rádios, jornais e tevês. Vale, por isso, conhecer a origem dos três vocábulos que dão a palavra final em disputas importantes ou nem tanto.
Na Grécia, ela é Atena. Em Roma, Minerva. A deusa nasceu adulta. Veio ao mundo armada, de capacete e acompanhada de uma coruja. Ao ver a luz do dia, soltou um grito de guerra. Daquele momento em diante, tornou-se a deusa dos combates. Lutou contra gigantes e grandes guerreiros. Ganhou todas as batalhas. Por quê? Ela era muito, mas muito inteligente. Todos a chamavam de deusa da sabedoria.
Um dia, ela e Posêidon brigaram. Os dois queriam ser os maiorais de Atenas, a capital da Grécia. O povo não queria saber de derramamento de sangue. Resolveu, então, lançar um desafio. Ganharia quem oferecesse o presente mais importante ao país.
Posêidon era o dono das águas. Com um tridente, bateu forte na colina da Acrópole. Milagre! Surgiu uma fonte de água salgada. Atena não deixou por menos. Cobriu o país de oliveiras, a planta da azeitona. Com o azeite de oliva, o povo iluminou a cidade, temperou a salada e fez óleos perfumados.
Atena venceu a competição. Como prêmio, a capital da Grécia se chama Atenas. E a coruja, seu animal favorito, virou símbolo da sabedoria. Por isso toda faculdade de filosofia aparece com uma corujinha. É que filosofia quer dizer amigo da sabedoria.
E o tal voto de Minerva? A expressão nasceu assim: Orestes, filho de Clitenmestra, foi acusado de assassinar a mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube a Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, pois, o voto que decide.
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