Lembra-se das conjunções coordenativas? São aquelas cinco que todos os alunos sabem de cor e salteado: aditivas (e, nem), adversativas (mas, porém, todavia, contudo, no entanto), alternativas (ou, ou; ora, ora), explicativas (pois, que, porque), conclusiva (pois, portanto, logo).
Quase igual
Assim como existem termos coordenados, existem as orações coordenadas. Elas se dividem em dois grupos:
1. Assindéticas. Elas querem distância da conjunção. Ficam só com a vírgula: Cheguei, vi, venci. Trabalho, estudo, viajo.
2. Sindéticas. Essas são gulosas que só. Exigem a conjunção e a vírgula. É dose dupla: O deputado falou muito, mas não convenceu. Ou estuda, ou trabalha. Feche a porta, que seu pai está dormindo. Penso, logo existo.
Caso especial
O e ficou de fora? Ficou. Ele detesta excessos. Por isso, dispensa a vírgula: Trabalho e estudo. Vou a Pernambuco e depois à Paraíba.
Só num caso vai de dose dupla. Aí, impõe duas condições. Uma: as orações têm que ter sujeitos diferentes. A outra: a possibilidade de provocarem confusão. Veja:
O Estado Islâmico atacou Palmira e a Síria reagiu.
Percebeu? O período tem orações com sujeitos diferentes. Um é Estado Islâmico. O outro, Síria. Uma leitura rápida dá a impressão de que o Estado Islâmico atacou Palmira e a Síria. O que fazer? Usar a vírgula antes do e: O Estado Islâmico atacou Palmira, e a Síria reagiu.
Atenção, descuidados. A vírgula aparece antes da conjunção. Não depois.