A ordem direta – sujeito, verbo, complementos – é a preferida da clareza. Ela evita erros comuns ao ritmo apressado do trabalho. Mas, volta e meia, a inversa tem a vez. A vírgula, então, entra em campo. Com um cuidado: mesmo deslocados, sujeito e objeto não se isolam: Maria comprou uma bolsa na liquidação (ordem direta). Comprou Maria uma bolsa na liquidação (ordem inversa). Uma bolsa Maria comprou na liquidação (ordem inversa).
Outros termos não gozam do privilégio. É o caso do adjunto adverbial e da oração adverbial. O lugar deles é na rabeira. Observe:
Ordem direta: O presidente se encontrou com o primeiro-ministro de Israel em Telavive.
Ordem inversa: Em Telavive, o presidente se encontrou com o primeiro ministro de Israel. O presidente se encontrou, em Telavive, com o primeiro-ministro de Israel.
Se quiser
É facultativo o emprego da vírgula se o adjunto adverbial tiver uma palavra:
Aqui, fala-se português. Aqui se fala português.
Ontem, visitei o Museu da República. Ontem visitei o Museu da República.
Visitei, ontem, o Museu da República. Visitei ontem o Museu da República.
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