Lembra-se das conjunções coordenativas? São aquelas cinco que os alunos sabem de cor e salteado:
Aditivas: e, nem
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto
Alternativas: ou, ou; ora, ora; já, já
Explicativas: pois, que, porque
Conclusivas: pois, portanto, logo
Quase igual
Assim como existem termos coordenados, existem as orações coordenadas. Elas se dividem em dois grupos:
1. Assindéticas. Elas querem distância da conjunção. Ficam só com a vírgula: Cheguei, vi, venci. Trabalho, estudo, viajo.
2. Sindéticas. Essas são gulosas que só. Exigem a conjunção e a vírgula. É dose dupla: O senador falou muito, mas não convenceu. Ou estuda, ou trabalha. Feche a porta, que seu pai está dormindo. Penso, logo existo.
Caso especial
O e ficou de fora? Ficou. Ele detesta excessos. Por isso, dispensa a vírgula: Trabalho e estudo. Vou a Pernambuco e depois à Paraíba.
Só num caso vai de dose dupla. Aí, impõe duas condições. Uma: as orações têm que ter sujeitos diferentes. A outra: a possibilidade de provocarem confusão. Veja:
Os Estados Unidos atacaram a Síria e a Rússia reagiu.
Percebeu? O período tem orações com sujeitos diferentes. Um é Estados Unidos. O outro, Rússia. Uma leitura rápida dá a impressão de que os Estados Unidos atacaram a Síria e a Rússia. O que fazer? Usar a vírgula antes do e: Os Estados Unidos atacaram a Síria, e a Rússia reagiu.
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