Há viagens e viagens. Umas são longas. Exigem tempo, bagagem, embarques e desembarques. Outras se caracterizam pela brevidade. É o tal vv — vai e volta. Há, também, as idas e vindas na cabeça. Sem limites ou fronteiras, a gente entra em diferentes universos. Dá a vez a sonhos e delírios. Surfa. Mas nem sempre a harmonia marca o percurso. Há pedras no caminho. O mau uso da língua é uma delas. Quer ver?
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Doeu
Marcelo Abreu nasceu em Pedreiras. É maranhense da gema. Há muiiiiiiiitos anos adotou Brasília pra morar. Mas não abandonou a terra natal. Volta sempre. Outro dia, esperava o voo no aeroporto de São Luís. Ao bater os olhos neste texto, estremeceu: “Para a Vale, crescer de forma sustentável é crescer junto com as pessoas”. Amante da língua e econômico por natureza, Marcelo não perdoa. “Junto com?”, escreveu ele. “Doeu. Basta com. Cresce-se com as pessoas.”
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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