Era um pega pra capar. Os parlamentares discutiam incendiados. De um lado, os que defendiam a convocação dos governadores para depor na CPI do Cachoeira. De outro, os que protegiam o goiano Marconi Perillo, o brasiliense Agnelo Queiroz e o fluminense Sérgio Cabral. No meio do bate-boca, Cândido Vacarezza partiu pra outra. Pegou o celular e mandou brasa. A equipe de reportagem do SBT, de olho nele, fotografou o texto. Não deu outra: a mensagem invadiu Twitter & cia. Ei-la:
“A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu. ”
Ops! O ex-líder do PT mostrou duas características. Uma: a amizade com Cabral, suspeito de relações perigosas com Cachoeira. A outra: a inimizade com a língua portuguesa. O homem fugiu da escola.
Nos 140 caracteres, ele mistura tratamentos. Você e tu circulam com desenvoltura das águas que caem da cachoeira. Não só. Ele pisa a concordância sem pena. Deu azar. Caiu na rede e na boca do povo. Sua Excelência mostraria intimidade com a língua se tivesse escrito:
A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos seus.
A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não te preocupes, tu és nosso e nós somos teus.
Bom proveito.
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