Ops! A dúvida assalta gregos e troianos. Mas dirimi-la é fácil como andar pra frente. Trata-se do partitivo — parte de um todo. A língua tem expressões partitivas. É o caso de parte de, uma porção de, grupo de, o resto de, a metade de, a maioria de, um terço de. Etc. e tal.
Quando seguidas de complemento plural, o verbo se esbalda. Pode concordar com o núcleo do sujeito ou com o complemento: A maioria dos enfermos se curou (se curaram). Metade dos testes acabou em horas (acabaram). A maioria dos paulistanos sofre com a covid-19 (sofrem). Um terço dos contaminados apresentou sintomas (apresentaram).
Limites
Vale tudo? Não. O verbo tem de concordar com o núcleo do sujeito ou com o complemento. Quando ambos são do mesmo número, cessa tudo o que a musa antiga canta. A liberdade de escolha bate asas e voa: Dois terços dos contaminados apresentaram sintomas. A maior parte da população foi às urnas.
Economia
Às vezes, o partitivo dispensa a companhia. O verbo concorda com ele: Onde estão os alunos? A maioria saiu. Na partilha, metade ficou com cada filho. Há muitos aprovados? Cerca de um quarto alcançou a média.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
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