Qual é?
Liana Sabo acompanhava o enterro com interesse. De folga, sentou-se no sofá em frente da televisão e de lá não arredou pé. Mas, como dizem os chineses, “as árvores querem ficar quietas, mas o vento não deixa”. E não deixou. Narradores, ao se referirem a Eduardo Campos, falavam em “ex-político”. Ela saltou como boneco de mola. Indignada, ligou pra coluna:
— Falar em ex-político é como falar em ex-pessoa. Mesmo morto, Eduardo deve ser referido como político. É por isso que placas homenageiam o “presidente Getúlio Vargas”, o “escritor Graciliano Ramos”, o “jogador Garrincha”.
É isso, Liana. Quem foi rei, como diz o povo sabido, não perde a majestade. A morte é passaporte para a outra vida. Não para cassar características.
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