Puxa! Um mar de pessoas acompanhou o enterro de Eduardo Campos. A imprensa, claro, fez o que tinha de fazer. Cobriu o evento. Foram horas de narração que obrigaram repórteres a tirar leite de pedra. O esforço sem fim cobrou preço alto — tropeços na língua. Um deles: dar passagem a pleonasmo. O outro: desrespeitar o emprego do prefixo ex.
Xô, excesso
“Mais de 500 mil pessoas seguem atrás do carro que transporta os restos mortais de Eduardo Campos”, repetiam profissionais que se revezavam na cobertura. Ops! Seguir atrás joga no time do encarar de frente, manter o mesmo, subir pra cima ou descer pra baixo. Só se encara de frente, só se mantém o mesmo, só se sobe pra cima, só se desce pra baixo. E, claro, só se segue atrás.
A redundância sobra. Veja: O pai encara o filho. O técnico mantém a equipe. O elevador sobe. Depois, desce. O garoto segue a mãe. O filho segue o exemplo do avô. As pessoas seguem o carro de bombeiros.
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