Caetano Veloso escreve no Globo. Brinda os fãs com um texto por semana. Nos últimos, deu umas cochiladas. Chamou o acento grave de agudo. Não só. Desatento, escreveu este período: “A não concordância de número nos verbos e adjetivos também me faziam mal”. Os leitores caíram de pau. Sem piedade, puxaram as orelhas do talentoso cantor. Ele chamou o tropeço de “erro perfeito”.
Perfeito? Sabe-se lá. Talvez a classificação mais adequada seja “comum”. A bobeira se chama distância. O trajeto é conhecido. O sujeito se afasta do verbo. O escritor se distrai. Não dá outra. Perde-se no caudal das demais palavras. Se ele tivesse escrito só “a não concordância”, com certeza teria flexionado o verbo como manda a gramática — me fazia mal. Mas espichou o período. Deu no que deu.
Moral da história: Menor é melhor. Com o maior, cuidados se impõem. O mais importante — reler, reler, reler.
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