O secretário da Receita Federal acaba de dar entrevista transmitida por rádios e tevês. Lá pelas tantas, disse que “as novas medidas estão vigindo”. Bobeou. Vigir não existe. A forma é viger. Intolerante, o verbinho odeia o a e o o. Por isso só se conjuga nas formas em que essas vogais não aparecem depois do g. A 1ª pessoa do presente do indicativo (eu vigo) não tem vez. Nem o presente do subjuntivo. Que eu viga? Uhhhhhhhh! Nas demais, é regular. Flexiona-se como viver: vives (viges), vive (vige), vivemos (vigemos), vivem (vigem), vivi (vigi), vivia (vigia).
Resumo da opereta: o secretário mereceria banda de música e tapete vermelho com esta forma: As novas medidas estão vigendo.
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