Outro dia, uma questão fez furor entre concursandos. Trata-se do emprego dos porquês. As opções deram nó nos miolos da moçada. Todas pareciam certas. E, ao mesmo tempo, geravam a maior confusão. Eis o quebra-cabeça. Das quatro propostas, só uma merece nota 10. Qual?
a. Não há porque temer os porquês. Sabe por que? Quem estudou o porquê dos porquês sabe porquê.
b. Não há por que temer os porques. Sabe por quê? Quem estudou o porque dos porques sabe porque.
c. Não há por que temer os porquês. Sabe por quê? Quem estudou o porquê dos porquês sabe por quê.
d. Não há porque temer os porques. Sabe por quê? Quem estudou o porque dos porques sabe por quê.
E daí? Faça a sua aposta.
Marcou a letra c? Acertou. Por quê? Eis os porquês:
1. O primeiro porquê é substituível por “a razão pela qual”. Daí escrever-se separado.
2. O segunfo porquê é substantivo. O plural serve de prova. O artigo que o antecede também. Grafa-se sempre colado com acento.
3. O terceiro porquê aparece em pergunta direta (daí ser separado). Está no fim da linha. Por isso pede acento.
4. O quarto e o quinto jogam no time do terceiro.
5. O último pertence à gangue do primeiro. Ganha acento porque aparece no fim do período, encostadinho no ponto.
Deu pra entender a manha dos porquês?
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