O Brasil jogou um bolão na segunda. Acertou duas na rede mexicana e saiu de campo invicto. O Neymar, claro, fez seu teatro. Jogou-se no chão, gritou, gemeu e fez contorções com a agilidade de serpente. Convenceu? A cena, tantas vezes repetida, lembrou a fábula da ovelha e do lobo. Conhece?
Uma ovelhinha adorava chamar a atenção. Um dia, gritou: “Olha o lobo! Ele quer me comer!” Todos correram para socorrê-la. Ela adorou a notoriedade. Volta e meia, reprisava a história. Sempre falsa. Numa manhã luminosa, o bichão apareceu. A branquinha pediu ajuda. Ninguém se abalou. Resultado: a peluda virou carne de banquete.
E o Neymar? Continua inteiro. Mas se transformou em objeto de gozação. Uma piada viralizou na internet. A mãe, em resposta à preguiça do filho de se despedir da cama a tempo de ir à escola, diz ao garoto: “Bora levantar, porque quem ganha dinheiro deitado é só o Neymar”.
O preço
A encenação do craque ganhou destaque nacional e internacional. E fez estragos. Comentarista do programa GloboNews em Pauta disse: “Neymar paga preço muito caro pelo teatro”. Bobeou. Caro e barato estão subentendidos no substantivo preço.
O preço é alto ou baixo. O bem ou o serviço é que são caros ou baratos: As passagens de avião estão caras. O preço das passagens está alto. A consulta do médico está barata. Os remédios estão pra lá de caros. A diária em hotel de luxo custa caro.
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