O ano acabará na terça. Nada mal. Começa tudo de novo. Drummond escreveu sobre a magia da virada do calendário: “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. / Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. / Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. / Aí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número / e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente”. Será? Pelo sim, pelo não, a coluna oferece dicas capazes de nos garantir um 2014 pra lá de jeitoso na escola, no trabalho, na vida.
Uma: a ida
Nas idas e vindas, o verbo ir entra em cartaz. Cuidado com a regência. Há duas preposições-chave. Elas dão recados diferentes. Ir para é adeus para sempre. Ir a, é até já. Ora, até prova em contrário, quem vai dar uma voltinha por aí volta. Daí a importância de dizer vou a Maceió, vou ao Rio, vou à fazenda, vou à praia. Se algum descuidado soltar o “vou pra Paris”, por exemplo, enfrentará uma encrenca. Com que cara ficará ao voltar dali a pouco?
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…
O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…
Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…
As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…
Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…