“Super-rodízio falhou em elevar isolamento em São Paulo”, escreveu o jornal. Em seguida, outra informação: “Teste de Mourão para o novo coronavírus tem resultado negativo. Falta a contraprova”. Pintou, então, a pergunta: por que super-rodízio se escreve com hífen, e contraprova o dispensa? A resposta está nas regras de ouro do tracinho. São três e se referem aos prefixos:
1. O H é majestoso. Não se mistura. Diante dele, o hífen pede passagem: super-homem, anti-higiênico, sobre-humano, super-herói.
2. Os iguais se rejeitam. O hífen evita curtos-circuitos quando letras iguais se encontram: anti–inflamatório, super–região, contra–ataque. E, claro, super–rodízio.
3. Os diferentes se atraem. Letras diferentes se juntam como unha e carne: autoescola, contrarregra, minissaia. E, sem dúvida, contraprova.
Há exceções? Há. Entre outras, os prefixos co– e re– têm alergia ao hífen. Com eles, é tudo colado: coordenação, corréu, reeleição, reinstalação. E por aí vai.
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