Eis um calo no pé. Aliás, um calão. Boa parte dos brasileiros tem dificuldade de empregar o pronome relativo. É o caso de que, o qual, cujo, onde. Quando vem preposicionado, então, a dor aumennnnnnnnnnnnnta. A saída? Ir à raiz do desconforto. O caminho: entender a manha do doloroso.
O relativo exerce dupla função. Uma delas: evita a repetição de palavras. A outra: liga duas orações. Quer ver?
Feia, não? Dois períodos tão curtinhos e dose dupla do substantivo Cachoeira. O relativo resolve a questão. Ele substitui o repeteco:
Cachoeira, que chegou a Brasília há uma semana, está preso na Papuda.
Visitei a Bienal de Brasília. A Bienal acabou na segunda.
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Minha terra tem palmeiras. Nas palmeiras, canta o sabiá.
… e exibir a preposição
Às vezes, o termo repetido vem antecedido de preposição. Não vale engoli-la. No novo período, a mocinha aparece no mesmo lugar — antecede o pronome relativo. Foi aí que o anúncio tropeçou :
O carro de que você gosta está aqui.
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A cidade se chama Tubarão. Vim de Tubarão.
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A empreiteira se chama Delta. A CPI se referiu à Delta.
Viu? Com o pronome relativo, a frase fica mais enxuta. Se ele for preposicionado, ganha charme e elegância. Olho vivo!
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