“Parirás com dor”, disse o Todo-Poderoso. O Ministério da Saúde contrariou o Senhor. Garante a vinda ao mundo de bebês sem choros e gemidos da mãe. Para tanto, impõe uma condição — que ela não recorra à cesariana. Aí terá direito a quarto com banheiro e anestesia durante o trabalho de parto. A promessa se concretizará? É esperar pra ver. Enquanto aguardamos, vale a pena dar uma revisada nas manhas do verbo parir.
Parir, embora não pareça, tem todas as pessoas. Mas algumas são bem esquisitas. O xis da questão é o presente do indicativo. A 1ª pessoa é “eu pairo”. Já imaginou? Confunde-se com o verbo pairar. Uma grávida voando pode dar confusão. A saída: embora tenha todas as pessoas, o dissílabo só se usa nas formas em que o r é seguido de i: parimos, paris, pari, parimos, pariram, pariu, paria, paríamos, parirei, pariria, parisse, parirmos. E por aí vai.
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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