Ortografia quase não tem regras. Aprendemos as manhas da escrita com a experiência. Quanto maior a familiaridade com a língua escrita, mais corretamente escrevemos. Uma criança em fase de alfabetização troca ll e uu (carnavau), dispensa hh (ospital), ignora acentos (lampada). Com o tempo, aprende. É natural.
O autor do aviso conhece uma das poucas regras da língua nossa de todos os dias. Depois de ditongo, o x pede passagem: caixa, baixa, feixe, peixe, faixa, deixar, enfaixar, madeixa.
O en soa ditongo (ein). Por isso, é seguido de x: enxergar, enxofre, enxada, enxurrada, enxugar, enxadrista, enxame, enxaguar, enxaqueca, enxerido, enxerto, enxotar.
Olho vivo! A língua respeita a família. Com ela, cessa tudo o que a musa antiga canta. Se a palavra original é escrita com ch, a filharada vai atrás: cheio (encher, enchente), charco (encharcar, encharcado), chapéu (enchapelado).
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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