Ufa! A greve dos motoristas de ônibus fez estragos na capital paulista. Alguns previsíveis. É o caso de filas, congestionamentos e trabalhadores de braços cruzados. Outros surpreendentes. Um deles: trombadas na língua . Repórteres experientes caíram em armadilhas pra lá de conhecidas. Dois verbos responderam pelas colisões. Um deles: intervir. O outro: intermediar.
Trombada 1
De manhã cedinho, ao dar informação sobre o andamento da paralisação, o apresentador informou com todas as letras: “O prefeito não foi chamado. Mas, se ele não intervir, a situação deve piorar”. Ops! A confusão no trânsito atingiu o verbo. O repórter se esqueceu de pormenor importante. Intervir é filhote de vir. Pai e filho se conjugam do mesmo jeitinho.
Assim: eu venho (intervenho), ele vem (intervém), nós vimos (intervimos), eles vêm (intervêm); eu vim (intervim), ele veio (interveio), nós viemos (interviemos), eles vieram (intervieram); que eu venha (intervenha), ele venha (intervenha), nós venhamos (intervenhamos), eles venham (intervenham); se eu vier (intervier), ele vier (intervier), nós viermos (interviermos), ele vierem (intervierem).
É isso. Estresse mata reputações e a língua. Sem greve e sem correrias, o apresentador teria dito alto e bom som: O prefeito não foi chamado. Mas, se ele não intervier, a situação deve piorar.
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