Vão longe os tempos em que ela era a rainha do lar. Ou os tempos descritos pelo Padre Vieira. “A mulher”, dizia ele, “só deve sair de casa em três ocasiões: no batizado, no casamento e no enterro”. Os ventos mudaram. Embarcando na onda libertária da segunda metade do século passado, ela deu o grito de independência ou morte. Enfrentou preconceitos. Desfilou barriga grávida pelas areias de Copacabana. Queimou sutiã em praça pública. E chegou lá.
Hoje disputa direitos e divide deveres de igual para igual com o sexo oposto. Veste toga, ocupa assentos no Congresso, dirige estados e preside países. Mais: impôs mudanças na língua. Palavras antes só usadas no masculino ganharam forma de saia e batom. É o caso de bebê. O dissílabo englobava menininhos e menininhas. Agora a bebê pede passagem. O mesmo ocorre com presidenta. A forma presidente vale pra senhores e senhoras. Mas Dilma prefere presidenta. Com o a, o feminino ganha visibilidade. Não é pouco.
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