Como chegar lá?
Desvendar os mistérios de cada regra constitui trabalho de decomposição. São técnicas que estão ao alcance de quem quer algo mais do que escrever. Quer escrever melhor. Em bom português: quer dar recados claros, simples, concisos e prazerosos. Texto difícil não tem vez. E não é de hoje. Montaigne, no século 16, disse: “Ao encontrar um trecho difícil, deixo o texto de lado.” Por quê? A leitura é forma de felicidade”, respondeu ele. “Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou”, completou Jorge Luis Borges quatro séculos depois.
A observação não se restringe a livros. Engloba jornais, revistas, blogues, sites, cartas comerciais, redações escolares, receitas de comida gostosa. Sem fisgar o leitor, adeus, emprego! Adeus, sobremesa dos deuses! Por isso, roguemos a Deus. Que Ele ilumine mentes, penas e teclados. E cada um faça a sua parte. A coluna dará as dicas — o passo a passo que diz com todas as letras: escrever bem não é dom divino. É técnica. Aprendê-la e aplicá-la implica 99% de transpiração. A inspiração fica com 1%. Vamos lá?
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