Redação 12

Compartilhe



Começo, meio e fim


O texto tem começo, meio e fim. Em outras palavras: tem introdução, desenvolvimento e conclusão. Aristóteles definiu as três partes:

Introdução: o que não pede nada antes, mas exige algo depois. Sua função: apresentar o assunto. Ou seja: dizer o que o texto vai dizer.

Desenvolvimento: o algo depois exigido pela introdução. É a argumentação. Diz o que a introdução disse que o texto ia dizer.

Conclusão: o que exige algo antes, mas não pede nada depois. É o fecho. Diz o que o texto disse.

No texto abaixo, o autor trata da importância da correção lingüística. Defende a tese de que falar mal é o caminho da exclusão. Leia-o com cuidado. Depois, assinale a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Para concluir, preencha o esquema apresentado no final.



Falar mal, o caminho da exclusão


Gilberto Dimenstein


Aceitar os erros de português, valorizando os usos e costumes orais é justificável academicamente. No caso brasileiro, tornou-se questão da esfera do politicamente correto desde que Luiz Inácio Lula da Silva virou presidente da República sem deixar de tropeçar em concordâncias e regências.

Pega mal –­ muito mal, aliás –­ abordar criticamente os deslizes primários de Lula na norma culta. Rebatem-se as críticas com considerações sobre o preconceito, falta de respeito com o povo, insensibilidade social. O problema é que, para o cidadão comum, não existe anistia gramatical. O mercado profissional e o ambiente educacional não perdoam.

Goste ou não, para prosperar num emprego, o indivíduo é obrigado a falar corretamente, pelo menos sem erros vexaminosos. É algo parecido com se vestir adequadamente. Na seleção profissional, os entrevistados medem o candidato pela capacidade de articulação e expressão. É o primeiro quesito eliminatório.

Os gramáticos mais flexíveis lançam arrazoados interessantes sobre a incorporação do falar na norma culta. Há quem aceite tudo ou quase tudo. O debate, porém, não é acadêmico: quem estuda está interessado em obter um emprego. E sabe que a flexibilidade no falar, fora do círculo dos amigos, é devastadora para quem deseja ser respeitado profissionalmente.

Não falar bem, escorregando em normas básicas, é uma defasagem aos olhos de quem emprega e de quem aprova nos testes escolares. É tão grave na lógica do mercado quanto não lidar com códigos digitais contemporâneos. Faz parte do caminho da exclusão.

***

Com base no texto, preencha o esquema seguinte:

Assunto:

Leitor:

Tópico:

Objetivo:

Frase que sintetiza o objetivo do texto:

Sentença de abertura:

Tópico frasal do 1º parágrafo do desenvolvimento:

Tópico frasal do 2º parágrafo do desenvolvimento:

Idéia da conclusão:


A resposta? Logo, logo. Aguarde.

Dad Squarisi

Publicado por
Dad Squarisi

Posts recentes

  • Dicas de português

Dicas de português: Páscoa, coelhinhos e chocolate

A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Os desafios da concordância com porcentagem

Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Você sabe a origem do nome do mês de março?

O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…

1 ano atrás
  • Dicas de português

O terremoto na Turquia e a língua portuguesa

Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…

1 ano atrás
  • Dicas de português

Anglicismos chamam a atenção na língua portuguesa

As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…

1 ano atrás
  • Dicas de português

A simplicidade na escrita dos nomes de tribos indígenas

Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…

1 ano atrás