Com o plano feito, é hora de redigir. Só comece a escrever quando tiver certeza do que quer comunicar. Respire fundo e ponha mãos à obra. Lembre-se: belas ideias, belas palavras e belas frases não resultam necessariamente em bom texto. Para chegar à unidade de composição, elas precisam se articular — entrosar-se com clareza, harmonia e coerência. Estruture sua redação. Siga as dicas:
1.1. Introdução: apresenta a tese. Diz ao leitor o que você vai dizer.
1.2. Desenvolvimento: sustenta a tese. Apresenta os argumentos para convencer os incrédulos de que você tem razão.
1.3. Conclusão: confirma a tese e encerra o assunto. Apresenta a proposta de intervenção.
4.Seja natural. Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Você está escrevendo para pessoas. Gente igual a você.
5.Use frases curtas. Com elas, você tropeça menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências. “Uma frase longa”, ensinou Vinicius de Moraes, “não é nada mais que duas curtas.”
6.Ponha as sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de escrever “ele não assiste regularmente às aulas”, escreva “ele falta com frequência às aulas”.
7.Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Só ou somente? Só. Casa, residência ou domicílio? Casa.
8.Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa-o desmaiado, sem graça. Compare:
TEXTO
Brasiliense, o patrimônio de Brasília
“Brasília não é do tamanho do homem”, disse o turista inglês em 1969. Do alto da torre de televisão, ele olhava a imensidão à frente. Só carros circulavam. Pessoas não faziam parte da paisagem. Hoje, passados 50 anos, se o turista inglês voltasse a Brasília, veria cenário diferente? Sim. Brasília mudou.
A cidade formada de cabeça, tronco e rodas ganhou pernas. Corredores invadem o asfalto. Ciclistas pedalam em vias exclusivas ou misturados com pedestres que vão e vêm. Trabalhadores acampam nos gramados do poder para pressionar os inquilinos de palácios e gabinetes carpetados. Manifestantes vestem o Eixo de verde-amarelo no belo exercício da cidadania.
Gente pequena e gente grande invadem o Eixão e enchem o domingo de cores, vozes e odores. Crianças correm, gritam, jogam bola, puxam carrinhos e passeiam cachorros. Skatistas se equilibram em voos que desafiam a gravidade. Cadeirantes circulam, vendedores negociam, artistas se exibem, olhares se encontram.
Sim, Brasília mudou. Devagarinho. Deixou pra trás a imagem de cidade trazida por extraterrestres que partiram sem levar os prédios desamparados que pediam socorro. Aos 60 anos, a capital dos brasileiros traz para as
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