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DUAS NOVAS

A Fashion Rio inovou em dois pontos. Um: promoveu desfile infantil. Pequeninos e pequeninas apresentaram vestidos, calças, blusas, casacos, echarpes, botinhas, mochilas e tudo o mais que desperta o desejo de consumo da meninada. O outro: instalou o Salão do Acessório. Sapatos, bolsas e bijuterias ganharam destaque. Entre eles, artesanatos. Os expositores tiveram um cuidado. Antes de preparar folhetos e cartazes, consultaram o dicionário. Lá está: artesão se escreve assim, com s. O feminino é artesã. O plural, artesãos.

A MODA
DA MODA

A moda está na moda. A Rio Fashion abriu a temporada brasileira. Com
ela, mandou o português ficar em casa. Caladinho. No mundo das passarelas, fala-se o inglês. Aqui e ali, o francês. Top models exibem o
glamour de tecidos high-tech e o charme de grifes nacionais e
internacionais. O look dos cabelos mudou. A escova obsessiva está out. O
in são os cachos. Brindes causam frisson. O designer Gilson Martins se inspirou no abraço para bolar uma mochila. “Dá a sensação de aconchego”, diz ele. Os cachês batem recordes. Atingem milhões de reais. O Fashion
Business está de volta com 65 expositores. A moda não tem fronteiras. Virou alto e sofisticado negócio. Como comércio internacional, adotou a língua internacional. Mas nem tudo está perdido. Cá e lá, abre-se uma brechinha para o português. Vamos a ela.

AH, BELEZA

O nome fala por si. Modelo representa o ideal. É a criatura
que encarna o padrão de beleza e comportamento de uma época.
Deve, por isso, ser imitada. Ela exibe e se exibe. Posa pra lentes e
câmeras. Desfila em passarelas. Vira capa de revista. Empresta rosto,
cabelos e corpo para vender isso e aquilo. Ora a vedete é homem.
Ora, mulher. Num e noutro caso, são modelos. O artigo é que
distingue o gênero. Maneco é o modelo. Maneca, a modelo.

OLHO VIVO

Uma letra faz a diferença. Modelo posa. Avião pousa.

MÓVEIS E FIXOS
Os cabelos mudam. Ora os lisos pedem passagem. Ora, os crespos. Às vezes, os longos ganham a preferência. Outras, os curtos. Num e noutro caso, a cor depende do gosto do freguês. Mas a grafia do profissional é fixa.
Cabeleireiro vem de cabeleira. Daí a presença do i.

LEITOR PERGUNTA

Dad Squarisi

Publicado por
Dad Squarisi

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