Eta! Parece novela. Cesare Battisti passou 40 anos pra lá e pra cá. Cometeu crimes na Itália. Foi condenado a prisão perpétua. Fugiu. Morou na França. Com risco de voltar pra casa, caiu fora. Foi para o México. Depois, veio para o Brasil. Aqui, permaneceu por mais de 10 anos. Recebeu refúgio no governo Lula. No fim do ano passado, o cerco se fechou. Michel Temer autorizou a extradição. O italiano deu asas aos pés. Partiu para a Bolívia. Ontem foi preso. Ufa!
Com tantas idas e vindas, prender foi o verbo mais conjugado. Ele joga no time dos generosos. Tem dois particípios — preso e prendido. Quando usar um e outro? Depende da companhia:
a. Com os auxiliares ser e estar, preso pede passagem: Battisti foi preso na Bolívia. Agora, está preso na Itália.
b. Com os auxiliares ter e haver, é a vez de prendido: A polícia italiana tinha (havia) prendido Cesare Battisti.
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