“Quero agradecer as honrosas presenças de todos”, disse Eunício Oliveira na solenidade de posse de Jair Bolsonaro. Ops! O presidente do Senado se perdeu no tempo e na língua. Fez um discurso sem fim. Como quem fala demais tropeça nas palavras, ele tropeçou. Pôs no plural nome que deveria estar no singular.
Presença pertence a uma turma pra lá de caprichosa. Tem plural. Mas, em certos empregos, só aceita o singular. É o caso da propriedade que se refere a dois ou mais sujeitos. Veja exemplos: UnB divulga nome (não nomes) dos aprovados no vestibular. A polícia apura a identidade (não identidades) dos mortos no atentado. O técnico confirmou a escalação (não escalações) dos novos jogadores. Cerca de 12 milhões de pessoas perderam o emprego (não empregos). Com a venda (não vendas) da casa e do apartamento, pôde saldar a dívida.
Entendeu o porquê do singular? Quem bobear corre risco de parar no xilindró. Duvida? Se disser que a universidade divulga “nomes” dos aprovados, dará a impressão de que cada candidato tem mais de um nome. Falso. O mesmo ocorre com emprego. As pessoas perderam o trabalho. Um só. E com presença: Quero agradecer a honrosa presença de todos.
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