Quem cobra mais? Parece ser essa a aposta de comerciantes Brasil afora. Os preços perderam o juízo. Um coco custa R$ 10. Uma saladinha vira-lata, R$ 35. Um suquinho básico, R$ 20. Uma romã, R$ 12. Um sanduíche com tomatinho e fritas, R$ 80. Quem aguenta? Valha-nos, Deus!
O abuso provocou reação. “Não pago”, disseram os consumidores. E foram além. Criaram moeda pra lá de divertida. É o surreal. Sites mantêm a turma antenada. Informam os assaltos à mão desarmada praticados por bares, restaurantes, papelarias, supermercados, farmácias etc. e tal.
Jornais, rádios e tevês não deixam por menos. Divulgam a iniciativa pra lá de bem-vinda. Ops! No entusiasmo, maltratam a língua. Falam em preços caros. Bobeiam. Caro significa de preço elevado. Preço caro? É baita redundância. O preço é alto, baixo, razoável, exagerado, excessivo. Caro e barato qualificam o produto: coco caro, restaurantes caros, roupas baratas.
É isso. Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. Em tempos de internet, os preços altos recebem o troco. O boicote bem-humorado lhes encurta a vida. Que venham os produtos baratos — com preço justo.
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