Quando o português usava fraldas, era pra lá de difícil acertar a sílaba tônica dos vocábulos. Rubrica ou rúbrica? Nobel ou Nóbel? Que rolo! As palavras, então, se reuniram em conselho. Discute daqui, briga dali, firmaram este acordo:
Artigo 1° – As terminadas em a, e e o, seguidas ou não de s, são paroxítonas.
Artigo 2° – As terminadas em i e u, seguidas ou não de qualquer consoante, são oxítonas.
Artigo 3° – Quem se opuser ao acordo será punido com acento gráfico.
Conclusão: só se acentuam as palavras rebeldes. As primeiras a reclamar foram as proparoxítonas. Se aderissem, desapareceriam da língua. É que não sobrou nenhuma vogal para elas. Por isso todas são acentuadas: rítmico, álibi, satélite.
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