O detalhe faz a diferença. Um texto caprichoso não cai do céu nem salta do inferno. É fruto da atenção plena. Pormenores aparentemente sem importância ganham relevo. É o caso das aspas. Ora as danadas abrigam o ponto. Ora deixam-no de fora. Como saber?
Se o período abre e fecha com aspas, o ponto vai dentro da duplinha: “Não existe crime organizado. Existe polícia desorganizada.” A afirmação é de Millôr Fernandes.
Se o período começa antes da citação, o ponto vai fora: Ninguém acredita na desculpa de que “parafuso frouxo detonou o apagão”.
Pontos de interrogação ou exclamação que integram a frase citada ficam dentro das aspas: Uma pergunta deve orientar todos os redatores: “O que eu quero com meu texto?” Reparou? Nada de dose dupla. O ponto da citação vale para o período.
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