Pleonasmo é palavra grega. Lá como cá, mantém o significado. É a redundância de termos, a superabundância. Como sobremesa em excesso, enjoa. É o caso de subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora. Só se entra pra dentro, só se sai pra fora, só se sobe pra cima, só se desce pra baixo. Entrar, sair, subir e descer são suficientes. Dão o recado. Exemplos de abusos não faltam. Livre-se deles:
Corte os excessos: abertura (inaugural), abusar (demais), acabamento (final), acrescentar (mais), almirante (da Marinha), alvo (certo), amanhecer (o dia), assessor direto (não existe indireto), a seu critério (pessoal), avançar (pra frente), a razão é (porque),
Olho no ainda. Com verbos que indicam continuidade, a companhia dele sobra. É o caso de (ainda) continua e (ainda) mantém. Xô!
Habitat natural? Goteira no teto? Erário público? Pequenos detalhes? Labaredas de fogo? Estrelas do céu? Monopólio exclusivo? Países do mundo? Nãooooooooo! O adjetivo sobra. Basta habitat, goteira, erário, detalhes, labaredas, estrelas, monopólio e países.
Olho vivo! Não encare de frente, nem exulte de alegria, nem cale a boca, nem crie novos problemas. Encare, exulte, cale-se, não crie problemas.
Lembre-se: todo elo é de ligação, duas metades são sempre iguais, só se estreia o novo, toda experiência é anterior, todo fato é real, o que se ganha é grátis, grita-se sempre alto, minha opinião é sempre pessoal, o sorriso está nos lábios, a surpresa é sempre inesperada.
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