“Não há a menor condição de comparar o que nós fizemos em saneamento sobre qualquer aspecto com o que foi feito no governo anterior”, escreveu o Correio Braziliense. A matéria transcrevia declaração de Dilma Rousseff. Ao lerem a frase, leitores caíram de pau. Queriam saber se o tropeço — sobre em vez de sob — era responsabilidade do jornal ou da candidata. Ninguém soube responder. Mas a língua deu a dica.
Se fosse de Dilma, o repórter deveria ter recorrido ao sic. As três letrinhas querem dizer assim, desse jeitinho. Vêm entre parênteses depois de uma palavra com grafia incorreta, desatualizada ou com sentido inadequado ao contexto: Não há a menor condição de comparar o que nós fizemos em saneamento sobre (sic) qualquer aspecto com o que foi feito no governo anterior.
Com a latina sabida, damos este recado a quem interessar possa: o texto original é bem assim, por errado e estranho que pareça. Não tenho nada com a bobeira. Viva! O sic deixa a gente dar uma de Pilatos — lavar as mãos.
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