Há personagens que viram símbolo. Citados, lembram qualidades ou defeitos pra lá de humanos. Judas é o traidor. Capitu, a dissimulada. Otelo, o ciumento. Jeca Tatu, o indolente. Bin Laden, o terrorista. Amélia, a mulher submissa. Leila Diniz, a liberada.
Etc. Etc. Etc.
E Pinóquio? O boneco de madeira virou sinônimo de mentiroso. Transformado em gente, tinha um limite. Quando inventava histórias, o nariz cresciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiia. Por alguma razão que Lombroso explica, o órgão olfativo da criação de Gepeto lembra político em campanha eleitoral. O candidato conjuga o verbo prometer.
O eleitor, gato escaldado, sabe que a criatura diz uma coisa, mas faz outra. Aparece de um jeito, depois de outro. Promete isso, cumpre aquilo. Ainda bem que o tempo na tevê é curto. Fosse um pouco mais elástico, o resultado seria um só. O narigão furaria a telinha. Valha-nos, Deus!
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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