Professora Dad,
O editorial do Correio Braziliense de quinta-feira 9 de agosto traz, no último parágrafo, a seguinte frase: «Falta bom-senso de ambos os lados». Reparei que bom-senso veio escrito com hífen.
Como tenho visto a locução ora com, ora sem o tracinho, resolvi conferir. De fato, o Volp, uma espécie de STF da língua, traz bom-senso escrito assim, com hífen.
Surpreendentemente, nem o Houaiss, nem o Aurélio, nem o Aulete, nem mesmo o luso Priberam abonam essa grafia. Todos eles mostram a locução escrita em duas palavras, bem separadinhas. Nem cheiro de traço de ligação. Para todos eles, a expressão é bom senso.
A senhora tem uma ideia da razão dessa discrepância? Será questão de interpretação de alguma regra nebulosa do AO90?
Muito obrigado
Julien Schwenk
Hífen, Julien, é castigo de Deus. Duvido que haja explicação racional para a introdução do tracinho em bom-senso. (Por que não em bom humor e bom tom?) Mas, como quem dita as regras da grafia é o Volp, só nos resta obedecer. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Nós.
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