Jornais, rádios, tevês, internet tocam a mesma nota. Falam dos 50 anos do golpe que sequestrou a liberdade dos brasileiros. Não satisfeita, a ditadura prendeu, torturou, roubou vidas. Valha-nos, Deus! Xô! Entre as manifestações de repúdio ao 31 de março, sobressaiu a do ministro da Justiça. Meio século depois, ele pediu perdão aos cidadãos. Com o gesto, trouxe à tona o verbo perdoar. Mais precisamente: o calo da regência. Como lidar com criatura tão generosa? A forma mais comum é esta:
1. Perdoa-se simplesmente: Deus perdoa. Os vingativos nunca perdoam. Perdoa para seres perdoado.
2. Perdoa-se alguma coisa: Deus perdoa os pecados. O professor perdoou a bagunça da moçada. Vamos perdoar a dívida deles?
3. Perdoa-se a alguém: Deus perdoa aos pecadores. A Receita não perdoa aos devedores. Você perdoa aos jogadores que perdem gol? Perdoa-lhes, Senhor.
4. Perdoa-se alguma coisa a alguém: O pai perdoou ao filho as repetidas reprovações. O chefe lhe perdoa as falhas. O povo perdoará aos torturadores a morte de brasileiros?
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