Ops! O vestibular pegou a moçada pelo pé. Apresentou o primeiro verso do Hino Nacional. Ele é pra lá de repetido. Quantas vezes você, em posição de sentido, interpretou a obra de Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva? Um montão, claro. Por isso ela é pra lá de conhecida. E por isso, também, cai em prova de concurso. Trata-se de pegadinha.
Ei-la:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
A questão é esta: qual o sujeito do verbo ouvir? A moçada chutou a torto e a direito. A Lei de Murphy fez a festa. O que podia dar errado deu. Mas há jeito de escapar da cilada. Basta pôr a frase na ordem direta:
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.
Fácil, não? Quem ouviu? As margens plácidas do Ipiranga. Não estranhe. Em literatura até margem pode ouvir. É um truque. Chama-se personificação.
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