O Ari Tomazini anda com o pé atrás. Ele não confia nem um pouquinho no argüir. O verbo parece camaleão. Uma hora aparece com trema. Outra, com acento. Mais adiante, nem uma coisa nem outra. Afinal, qual é a dele? No presente do indicativo, ou seguido de i, tem dois sons. Ora é pronunciado e tônico. Leva acento agudo. Ora, pronunciado e átono. Contenta-se com o trema (eu arguo,tu argúis, ele argúi, nós argüimos, vós argüis, eles argúem). Presente d os ubjuntivo (argua, arguas, argua, arguamos, arguais, arguam). Imperfeito do ind ica tivo (argüia, argüias, argüia, arguíamos, arguíeis, argüiam.
E por aí vai.
E a sílaba tônica? Cai no pedacinho que ganha acento (argúi, arguíamos). Na ausência do grampinho, a força fica na sílaba presenteada com o trema (argüia, argüiam). A forma não tem acento nem trema? Aí, será a sílaba que soar mais forte.
Difícil? Não se desespere. A reforma ortográfica, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2009, manda o trema e o acento de argüir plantar batata no asfalto. Ambos estão com a morte anunciada.
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