Paulo Emanoel Soares comenta a reforma

Compartilhe




Nós, da idade da experiência adquirida, estamos meio enfarados com esse negócio de reforma ortográfica. O “gênio” que retirou o k, w e y merecia uns bons cascudos. Não sabe o tumulto que criou principalmente nos cartórios de Registros Civis de Pessoas Naturais. Agora, volta tudo de novo. Dose para mamute de era do gelo. Nos cartórios, controlados por verdadeiros “monumentos de boçalidade e ignorância”, dá para sentir de longe os atritos criados e o mal-estar de pais que simplesmente gostariam de registrar os rebentos, havidos com suprema alegria. “Não! tem que ser Cleber com C! Com K não pode!” Ora, se o nome é de origem estrangeira, por que modificá-lo em nome de uma das reformas fajutas de nosso idioma, que, por si, já é bastante complicado? “Ralph? Não pode! Tem que ser Ralfe ou Ralf!”  Vida que segue.

Dad Squarisi

Publicado por
Dad Squarisi

Posts recentes

  • Dicas de português

Dicas de português: Páscoa, coelhinhos e chocolate

A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…

2 anos atrás
  • Dicas de português

Os desafios da concordância com porcentagem

Porcentagem joga no time dos partitivos como grupo, parte, a maior parte. Aí, a concordância…

2 anos atrás
  • Dicas de português

Você sabe a origem do nome do mês de março?

O nome do mês tem origem pra lá de especial. O pai dele é nada…

2 anos atrás
  • Dicas de português

O terremoto na Turquia e a língua portuguesa

Terremoto tem duas partes. Uma: terra. A outra: moto. As quatro letras querem dizer movimento.…

2 anos atrás
  • Dicas de português

Anglicismos chamam a atenção na língua portuguesa

As línguas adoram bater papo. Umas influenciam as outras. A questão ficou tão banalizada que…

2 anos atrás
  • Dicas de português

A simplicidade na escrita dos nomes de tribos indígenas

Nome de tribos indígenas não tem pedigree. Escreve-se com inicial minúscula (os tupis, os guaranis,…

2 anos atrás