“O Correio Braziliense publicou bela matéria sobre as sessões de tortura a que foi submetida a jovem Dilma Rousseff em Minas Gerais. Chamou-me a atenção a grafia de pau de arara. Ora o trio aparece escrito com hífen. Ora sem. E daí?”, pergunta Cândido Boaventura.
Pau de arara joga no time de pé de moleque, mão de obra, tomara que caia, bicho de sete cabeças. São todos vocábulos formados de três palavras ou mais ligadas por preposição, conjunção, pronome. A reforma ortográfica lhes cassou o hífen. Agora as danadinhas se escrevem livres e soltas — sem lenço nem documento.
A reforma poupou os seres que pertencem aos reinos animal e vegetal. É o caso de joão-de-barro, cana-de-açúcar, castanha-do-pará, pimenta-do-reino. E pau-de-arara (nome de árvore).
Viu? O repórter confundiu. Pau de arara é suporte de madeira ou caminhão. Pau-de-arara, árvore. Daí as duas formas.
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