Junho chegou. Com ele, a Copa verde-amarela. A cidade se enfeita com timidez. Bandeiras tremulam aqui e ali. Vitrines exibem as cores nacionais. Crianças vestem a camiseta da Seleção. Unanimidade?Só o assunto. É futebol pra lá, futebol pra cá. Ao falar na paixão nacional, uma condição se impõe: acariciar a língua como se acaricia a bola. Mais que cores
Na festa da bola, as cores entram em cartaz. Deixam de ser simplesmente cores. Tornam-se símbolos. Verde e amarelo é Brasil. Vermelho e verde, Portugal. Laranja, Holanda. Azul e amarelo, Colômbia. Branco, Alemanha.
Seres tão importantes exigem tratamento de luxo. É o caso da flexão. Olho ao lidar com ela. Quando a cor é expressa por um adjetivo, a moleza pede passagem: camiseta verde, camisetas verdes; calção azul, calções azuis; chuteira marrom, chuteiras marrons.
Exceção? Há uma. Marinho, mesmo solitário, mantém-se invariável: sapato marinho (sapatos marinho), uniforme marinho (uniformes marinho), calção marinho (calções marinho).
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