A arma do parlamentar é a palavra, não a força

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Vivemos época de ineditismos. Um deles: um ex-presidente da República é sentenciado. Outro: um presidente da República é denunciado por crime comum. Mais um: senadoras ocupam a mesa diretora e impedem que o dono da cadeira tome assento no que é seu.

O ato das senhoras mexeu com os brios de gregos, troianos, goianos e baianos. Elas se esqueceram do significado de parlamento. O polissílabo vem de parola, que quer dizer conversa. Em bom português: parlamentar parlamenta. Conversa. Dá a vez à palavra. Nunca à força.

Consequência

As consequências, repete o conselheiro Acácio, vêm depois. E vieram. A tomada da mesa diretora do Senado por sete horas mereceu manchetes, comentários e… vexames. O mais visível: repórteres não se cansavam de repetir que as senadoras continuam “na mesa”. Bobearam. Elas não estavam sentadas em cima da mesa. Estavam sentadas à mesa. Uma em cada cadeira.

Dad Squarisi

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