Os parênteses são as grandes vítimas da escola. “Errou e não pode apagar? Ponha entre parênteses”, ensinam os professores. Os alunos aprendem a lição. Repetem-na ao longo da vida. Resultado: dão informações falsas, perdem pontos em concursos, são reprovados no vestibular. Vamos combinar? O prejuízo não vale a pena. Escapar dele é fácil como andar pra frente.
Ao usar os parênteses, você dá um recado: o que está dentro deles não faz falta. É secundário, acessório. Entrou ali de carona. Em geral, trata-se de uma explicação, uma circunstância incidental, uma reflexão, um comentário ou uma observação. Veja:
Recife (ou o Recife) prepara-se para o carnaval.
Aeroportos brasileiros não têm (quem diria!) sistema de controle de bagagem.
César Maia (PMDB-RJ) quer disputar a Presidência da República.
Dom Casmurro (de Machado de Assis) é obra-prima da literatura brasileira.
A capital da França (Paris) virou alvo constante de ataques terroristas.
Pontuação
Leia as frases pulando os parênteses. Viu? O que está lá dentro acrescenta algo à declaração, porém não faz falta. Embora dispensável, o autor achou legal brindar o leitor com a informação. OK. O texto é dele. Mas pinta uma pergunta. Como fica a pontuação?
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