Há palavras flexíveis como cintura de político mineiro. Generosas, admitem mais de uma forma. Conseguem, assim, ficar de bem com gregos, troianos, goianos e baianos. Quer ver? Eis exemplos:
O dicionário abona má-formação e malformação do feto. Você escolhe. Sem erro.
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Má-criação ou malcriação? Nota 10 para as duas escritas. Zero para o comportamento.
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Sub-humano ou subumano — qual você prefere? Escolha. É acertar ou acertar.
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Os pernambucanos exigem o Recife. Os demais brasileiros, Recife. O artigo é charme regional. Sem reparos: Recife é a capital de Pernambuco. O Recife é a capital de Pernambuco. Moro em Recife. Moro no Recife.
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Entrar de férias ou sair de férias? O sentido é o mesmo — tempo pra curtir o prazer. Aplauso para as duas construções: Estou em férias. Estou de férias. Viva! É hora de sombra e água fresca.
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Loura ou loira não faz diferença. O dourado se mantém em ambos os ditongos. É brilhar ou brilhar.
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Entrega-se a carta em mão ou em mãos. Há pouco, só o singular tinha vez. O Houaiss registrou o plural. Agora, singular ou plural é igual.
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Dilma foi presidenta ou presidente do Brasil? Acredite. O dicionário diz que as duas grafias estão certinhas. As feministas preferem presidenta. Os demais mortais, presidente. E você?
A língua é pra lá de sociável. Conversa sem se cansar. E, no vai e…
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