Falar sem dizer
Dad Squarisi
Somos privilegiados. Temos quatro candidatos que só querem o bem da cidade. Com o discurso na ponta da língua, escorregam bem. Dão a impressão de que respondem, mas falam sem dizer. Prova? Brandão apela pra tautologia. Quer ganhar ganhando. Também faz mágicas. Diz que sempre foi oposição ao ex-governo Joaquim Roriz. Ops! Ser oposição ao ex-governo? É bater no nada. Sem ligar, ele rima: “Dia três, vote 43”.
“Sou o melhor”, diz Roriz. Confiante na experiência, abusa de pleonasmos. Esbanja “há anos atrás”. Agnelo não fala em meia gravidez. Fala em “pouco honesto”. Toninho põe os pontos nos is: “Considero que chamar a pessoa de pouco honesta é chamá-la de desonesta”. Criativo, “quer as contas publicizadas”. Em grupo heterogêneo, sobressai um ponto comum. Qual? “Vote em mim.“
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