Leonardo Alexandre tem ouvido pra lá de afinado. Em consequência, escuta os sons com clareza. Volta e meia flagra pronúncias preguiçosas. Uma delas ataca os ditongos. A duplinha ei, por exemplo, vira e. Em vez de zagueiro, dizem zaguero. Em lugar de goleiro, golero. Faxinero engole o i de faxineiro. Nem locutores escapam. “É uma pancada”, reclama com razão.
Outro roubo fonético ocorre com o nh. Companhia, vira compania. Tanta gente esnoba o dígrafo que Leonardo duvidou dos próprios ouvidos. Pra não ser injusto, recorreu ao blogue. O nh se pronuncia ou caiu de moda? A resposta: pronunciar o nh como manda o figurino pega bem como respeitar a faixa de pedestres, ajudar idosos a atravessar a rua, cumprimentar estranhos que dividem a calçada, a escada ou o elevador conosco.
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Algumas carreiras de servidores públicos são remuneradas na forma de subsídio. Tenho ouvido duas pronúncias diferentes da palavra: uma em que o s soa z e e outra em que soa ss, forma que acho ser a correta em virtude da letra b antes do s. Estou certo? (Anderson Sá)
Nota 10 pra você, Anderson. Na hora da dúvida, lembre-se: subsídio joga no time de subsolo. Em ambas as palavras, o s soa ss.
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