Em tempos de delações e traições, a língua sobressai. Concordâncias, regências, colocações fazem a festa. Mas a grande vedete é o plural. Com s? Sem s? A flexão de número dá nó nos miolos de gregos, romanos e baianos. Para desatá-los, basta conhecer as manhas e artimanhas de criaturas exóticas. Uma delas é o nome próprio.
Os irmãos goianos que compraram o Brasil com malas de dinheiro são os Batista ou os Batistas? A pergunta passa de boca em boca. Eis a resposta: substantivo próprio não goza de privilégios. Flexiona-se como os nomes comuns. Eça de Queirós deu o exemplo. Escreveu Os Maias. Nós vamos atrás: os Silvas, os Castros, os Câmaras, as Antônias. E, claro, os Batistas.
Há exceção? Há. Quando a flexão descaracteriza o nome, cessa tudo o que a musa antiga canta. É o caso de Queiroz. Queirozes? Nãooooooooooo! Singular e plural ficam iguais: os Queiroz.
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